quarta-feira, 28 de julho de 2010

Depende de mim


Hoje levantei cedo pensando no que tenho a fazer antes que o relógio marque meia-noite. É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje.

Posso reclamar porque está chovendo... ou agradecer às águas por lavarem a poluição.

Posso ficar triste por não ter dinheiro... ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças, evitando o desperdício.

Posso reclamar sobre minha saúde... ou dar graças por estar vivo.

Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que eu queria.... ou posso ser grato por ter nascido.


Posso reclamar por ter que ir trabalhar.... ou agradecer por ter trabalho.

Posso sentir tédio com as tarefas da casa... ou agradecer a Deus por ter um teto para morar. Posso lamentar decepções com amigos... ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades.

Se as coisas não saíram como planejei, posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar. O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser.

E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma.

Tudo depende só de mim."

Charles Chaplin.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

A primeira conquista

Depois de tantas turbulências, enfim as coisas começam a entrar no eixo. No dia 12/07 saiu o meu primeiro resultado negativo do HCG, isso significa que entrei na estatística da cura espontânea, assim espero. Agora, preciso ir a Santa Casa uma vez por mês. Paralelo a isso, resolvi procurar uma ajuda profissional, pois percebi que não estava dando conta sozinha. Hoje, 27/07 foi minha primeira consulta, com uma psicóloga. Não foi bem o que eu imaginava, acho que terei que dar conta sozinha.
Pois, apesar de o pior já ter passado, ainda fico pensando como estaria hoje se a gravidez tivesse prosseguido, e acho que vai ser assim, até eu engravidar novamente.

Mas, o importante, que o meu corpo respondeu bem ao tratamento e não precisei entrar na quimio, esse era o meu maior medo, acho que não surportaria.

O mais importante que a cada dia, penso menos nesse episódio, acho que isso, já é um bom sinal. Acredito que esse um ano passará mais rápido do que eu penso e assim, quando perceber, já estarei grávida novamente.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Dia após dia!!!

Já se passou um pouco mais de um mês, desde quando o meu mundo desabou. Eu sempre achei que fosse uma pessoa forte, afinal de contas eu perdi a minha mãe aos 9 anos de idade e nada mais de ruim poderia me acontecer. Estava redondamente enganada, pois aconteceu.
Depois de tudo o que me ocorreu nos ultimos dias, achei que fosse apenas uma questão de tempo, para que eu pudesse assimilar tudo e assim superar. Mais uma vez me enganei. Com isso, pude concluir que a vida é constituida por enganos. Na verdade, não nos conhecemos, o nosso corpo é uma caixinha de surpresa, pronta para lhe surpreender a qualquer momento.
Quem nunca se imaginou pensando em como reagiria a uma situação, quando chega na hora H, o comportamento é completamente diferente? O problema é quando essa surpresa lhe causa uma dor tão profunda, que o sistema nervoso, bloqueia os sinais emitidos. É assim, como me sinto hoje.
Estou sorrindo por fora, mais com lágrimas na alma.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Da alegria para tristeza em um mês

Bom! Descobri,ou melhor, tive certeza que estava grávida no dia 26/04/2010, quando com 7 dias de atraso, fiz um teste de fármacia que deu POSITIVO!!!! O momento, mais feliz da minha vida, estava ali, com o resultado que sonhava. Na hora, me senti mãe. Porém, para não restar dúvidas, no dia 28/04/2010, fui fazer o de sange, apenas para confirmar, pois para mim, já estava tudo certo. Seria mãe!!!! Nossa, na hora passou um filme na minha cabeça. Uma mistura de medo e alegria. Então, resolvi que já queria ver essa coisinha que crescia dentro de mim, foi aí que a minha preocupação começou.
No dia 03/05/2010, fui fazer uma transvaginal, para descobrir de fato com quantas semanas estava. Não sai do consultório feliz como imaginava. A médica, disse que provavelmente eu estaria com 5 semanas, porém, só conseguiu visualizar o saco gestacional e nada mais. Disse para eu não me preocupar ainda, pois era muito cedo para concluir alguma coisa, orientou que eu repetisse o exame em 15 dias para confirmar se estava tudo bem.
Sai do consultório com a pulga atrás da orelha, com a sensação de que as coisas não iam bem. Quando cheguei em casa, fui pesquisar se era possível não ver o embrião com 5 semanas. As minhas pesquisas foram positivas, pois li que muitas mulheres, só viam sua sementinha a partir da 8ª semana. No entanto, também, li que exisitia uma possibilidade de uma gravidez anembrionaria, ou seja sem embrião. Desde então, não relaxei, pois sentia que alguma coisa não ia muito bem...
Passados os 15 dias, no dia 22/05/2010, o que deveria ser O GRANDE MOMENTO, finalmente, eu iria ver o meu filhinho e escutar o seu coração, passou a ser o pior dia da minha vida, superou inclusive o dia que a minha mãe faleceu. Por fim, a médica não conseguia nem ver o saco gestacional, disse que não havia mais nada. Como era um laboratório, não podiam me dá um diagnóstico, apenas disse para levar o exame o mais rápido possível para a minha médica. Em nota, o resultado dizia que não poderia descartar a hipótese de NEOPLASIA TROFOBLÁSTICA GESTACIONAL. Esse nome feio, levou todos os meus sonhos e trouxe um pesadelo. O meu mundo havia acabado e eu só chorava e dizia como a vida era injusta. Seria o meu priemeiro filho, como assim isso estava acontecendo comigo?
No dia 24/05, fui a minha ginecológista. Segundo o seu diagnóstico, era bem provável que se tratasse de uma gravidez anembrionaria e como não havia sangrado em nenhum momento, o meu corpo estaria absorvendo as células geradas para dá inicio a gravidez e que em 30 a 40 dias o meu ciclo mestrual voltaria ao normal. Porém, eu havia pesquisado na internet a respeito daquele nome feio e descobri que o hospital de referência aqui no RJ é a Santa Casa e o médico pesquisador é Drº Pualo Belfort. Já havia, inclusive, enviado um e-mail para ele, com a resposta de que eu deveria ir a Santa Casa, para averiguar. Por essa razão, a GO, fez o encaminhamento e pediu que fizesse um exame de sangue, para dosar o meu HCG.
No dia seguinte, fui eu, fazer o exame de sangue e depois fui para a Santa Casa e lá o meu pesadelo se confirmou. Eu realmente tinha aquela doença, mais conhecida como MOLA e teria que fazer um tratamento rigoroso e o pior de tudo, teria ou melhor tenho que esperar 1 ano, para tentar novamente.
Hoje, o meu hormônio está quase zerado, mas ainda não zerou. Mas o que mais me angustia é esse 1 ano que terei que esperar.